Do Portal Betioli, por Lucas Cassio

O último dia do 17ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2015) teve a participação do cineasta e jornalista Arnaldo Jabor, que fechou a programação do Fórum de Cinema do Fica 2015 com uma palestra em que discorreu sobre o surgimento do cinema até a sua entrada na era digital e da internet. O evento foi realizado no auditório do Hotel Vila Boa.

Arnaldo Jabor | Crédito: Flavio Isaac

De acordo com Jabor, o fato de o cinema ter surgido sem som favoreceu a sua evolução em relação à linguagem, pois os cineastas precisaram encontrar formas criativas de se fazer entender através da sequência de fotos que eram projetadas em uma tela. “O cinema mudo foi um momento fundamental na história do cinema, que foi quando se inventou uma linguagem narrativa. Como não havia o som e a possibilidade de mostrar a realidade como nós vemos, surgiu uma linguagem muito metafórica, muito feita de comparações, de conflitos visuais”, explica. 

Balanço do Festival 

Na manhã do último domingo, dia 16, a Secretária de Educação, Esporte e Lazer de Goiás, Raquel Teixeira, em entrevista coletiva destacou que o 17º ano do festival foi muito forte no que diz respeito à participação do público na programação de cinema e meio ambiente. “Se reparar na presença das pessoas que foram à mostra competitiva, aos seminários, aos fóruns, pode perceber que foi uma das maiores edições que já tivemos”, disse. O Cinemão, palco principal das mostras, exibiu 70 produções, o que resulta mais de 32 horas de projeção, assistidas por quase 5 mil pessoas que lotaram o ambiente em todas as sessões.

O Festival desse ano começou na terça-feira, dia 11, e terminou na última noite de domingo, dia 16, e esta edição contou com praticamente 50% do orçamento investido no ano passado. Fator que impossibilitou a contratação de grandes nomes da música do cenário nacional para compor a programação musical do evento. A falta desses artistas não foi capaz de tirar o glamour e a beleza do evento, muito pelo contrário, permitiu a retomada do conceito original do festival, que é tratar das questões ambientais e do audiovisual. A programação musical ficou por conta de artistas goianos, que tiveram mais espaço e apresentaram músicas de alta qualidade valorizando a cultura goiana para os participantes do FICA 2015.