Participação de artistas goianos marca abertura do Fica
Proporcionar uma troca de experiências e impulsionar a produção audiovisual em todo o País. Formar profissionais atuantes no mercado de cinema e vídeo e discutir o meio ambiente e sua relação com o mundo. Estimular o pensamento crítico e gerar discussões sobre o gênero cinematográfico. Com objetivos que reiteram a necessidade de discutir a produção de cinema no Brasil, a 17ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, Fica 2015, deu a largada nesta terça, 11, durante uma cerimônia especial no Palácio Conde dos Arcos.
Crédito Foto Flavio Isaac
A abertura reforçou a participação ativa de artistas goianos na programação do festival. Durante a solenidade, a secretária de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), Raquel Teixeira afirmou que um dos maiores trunfos do evento desta edição é a presença de bandas, cantores, cineastas e produtores audiovisuais goianos. “O Estado já tem uma efervescente produção de cinema e vídeo. É preciso reafirmar sempre a necessidade de profissionalização do mercado”, apontou.
Para esta 17ª edição, o tema proposto gira em torno da água. De acordo com a secretária, tratar de meio ambiente por meio do cinema é uma forma inteligente e criativa de promover discussões sobre a preservação ambiental, principalmente nas escolas. “O festival foi construído e pensado para falar de meio ambiente através dos elementos de áudio e som, com temáticas emergenciais e caráter formativo, de encontro e trocas de experiências. O Fica tem que ser atualizado em um mundo feito, sobretudo, de imagens.”
Mosaicos audiovisuais
Se para a secretária Raquel Teixeira “a educação é o corpo e a cultura é a alma de um governo”, para a prefeita da Cidade de Goiás, Selma Bastos, a consolidação do Fica é um reflexo deste olhar sobre as produções e realizações culturais. “Pensar e discutir cultura é de total importância para conscientização e educação. O Fica celebra essas trocas de experiências e é um símbolo de orgulho para todos nós.”
A abertura também contou com a presença do vice-governador de Goiás, José Eliton, que destacou a projeção do Estado no cenário cultural do País. “O festival se insere num contexto nacional e mundial a partir do momento em que fala sobre meio ambiente, com um recorte tão importante como a água e a escassez de recursos hídricos”, afirmou.
Já consolidado no calendário de festivais de cinema do País, de acordo com o coordenador de programas e projetos da Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura (MinC), Luiz Henrique Santos Sena, o Fica tem uma dimensão nacional ao dar visibilidade e difundir conteúdos cinematográficos. “O festival se legitima pela sua história, por sua trajetória e pela discussão sobre o meio ambiente. O Fica tem essa importância junto à Secretaria do Audiovisual como um festival de referência, não só pela temática, mas pela longevidade”, comentou durante o discurso de abertura.
Ao final da cerimônia, a Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás promoveu um show especial dividido em duas partes. A primeira resgatou canções-ícone do cinema, assim como músicas do universo pop, como a trilha a série Piratas do Caribe, dirigida por Gore Verbinski. Já a segunda contou com a participação do cantor Marcelo Barra.
Tem Goiás na mostra competitiva
Pela primeira vez a mostra competitiva oficial do Fica conta com sete filmes goianos. Ao todo, 21 curtas-metragens foram escolhidos pelo júri oficial e competem na 17ª edição do festival. “Os números nos fazem pensar na importância do incentivo à produção e profissionalização destes atuantes do mercado audiovisual. A intenção é que o Fica tenha novos direcionamentos, mais próximos das escolas. Discussões sobre cinema e cultura formam mentalidades”, reiterou Raquel Teixeira. A mostra competitiva internacional do Fica 2015 começa hoje, às 15h, no Cinemão.