Iván Fischer traz Orquestra do Festival de Budapeste a São Paulo

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Em junho, a temporada 2015 da Cultura Artística traz a São Paulo uma das dez melhores orquestras do mundo. O maestro húngaro Iván Fischer rege, em 29 e 30 de junho, na Sala São Paulo, a Orquestra do Festival de Budapeste, trazendo como solistas a soprano sueca Miah Persson e o pianista georgiano Alexander Toradze.

Ivan Fischer Photo: Marco Borggreve

Ao lado do pianista Zoltán Kocsis, Fischer criou a orquestra em 1983, com um sistema único de trabalho que encoraja as qualidades artísticas de seus músicos a se combinar, formando um som orquestral belo e homogêneo. Em 2008, um júri de críticos musicais de todo o mundo colocou a Orquestra do Festival de Budapeste como a nona do mundo, à frente de grupos de prestígio, como a Filarmônica de Nova York e a Sinfônica de Boston.

No Brasil, eles fazem dois programas, com ênfase no repertório da virada do século XIX para o século XX. O concerto do dia 29 traz os “Esboços Húngaros” do grande compositor nacional magiar, Béla Bartók (1881-1945), seguido de autores do mundo germânico, com solo de Persson: “As Quatro Últimas Canções”, de Richard Strauss (1864-1949), e a “Sinfonia n. 4”, de Gustav Mahler (1860-1911). No dia seguinte, o solista é Toradze, que toca o “Concerto para piano em sol maior”, do francês Maurice Ravel (1875-1937), e o “Concerto para piano n. 1”, do russo Serguei Prokofiev (1891-1953). A orquestra executa ainda peças puramente orquestrais desses compositores que conviveram na Paris da “belle époque”: a “Pavane pour une infante défunte”, de Ravel, e a “Abertura sobre temas hebraicos”, de Prokofiev. Encerra a apresentação a “Sinfonia n. 4”, de Johannes Brahms (1833-1897).

A orquestra

Além de levar à Hungria astros como Sir Georg Solti – principal regente convidado da sinfônica até seu falecimento -, a Orquestra do Festival de Budapeste é convidada regular em alguns dos principais teatros do planeta, incluindo Carnegie Hall e Lincoln Center, em Nova York, Musikverein, em Viena, Concertgebouw, em Amsterdã, e Albert Hall, em Londres, além de festivais como o Mostly Mozart, Salzburgo e Edimburgo.

A orquestra também se destaca por ideias criativas de programação, como o festival Bridging Europe, que a cada ano foca na cultura de uma nação diferente, ou as Maratonas Musicais, que apresentam as obras de um único compositor durante um dia inteiro.

Em 2014, a orquestra se dedicou a duas Semanas Comunitárias de concertos gratuitos em abrigos para crianças, creches, igrejas e sinagogas – iniciativa que terá prosseguimento em 2015. Outro grande projeto, neste ano, terá 200 jovens carentes dançando ao som da Orquestra do Festival de Budapeste em um concerto ao ar livre na Praça dos Heróis, na capital da Hungria.

A Orquestra do Festival de Budapeste toca com regularidade para jovens plateias, incluindo Concertos de Chocolate para os mais novos, e programas Escolha seu Instrumento para alunos de escola primária. Há concursos de cinema para estudantes de escola secundária e outros esforços para atingir jovens adultos, como a série Música à Meia-Noite.

Os discos da Orquestra do Festival de Budapeste ganharam por duas vezes o Gramophone Awards – uma espécie de Oscar da música erudita -, e sua gravação da Sinfonia n. 1, de Mahler, foi indicada para o Grammy em 2013. Em 2014, o disco com a Sinfonia n. 5, de Mahler, recebeu o Diapason d’Or, na França e, na Itália, o Toblacher Komponierhäuschen como melhor gravação de Mahler.

O regente

Iván Fischer é fundador e diretor musical da Orquestra do Festival de Budapeste, enquanto, em Berlim, é diretor musical da Konzarthaus e Konzerthausorchester. Recentemente viu sua reputação de compositor ascender, com suas obras sendo tocadas nos EUA, Holanda, Bélgica, Hungria, Alemanha e Áustria. Também tem regido produções de ópera com êxito.

Sua parceria de 30 anos com a Orquestra do Festival de Budapeste é uma das maiores histórias de sucesso da cena clássica internacional. As frequentes turnês mundiais do grupo, bem como as gravações, elogiadas pela crítica e campeãs de vendagem, lançadas inicialmente pela Philips Classics e, depois, pela Channel Classics, vêm contribuindo para estabelecer a reputação de Iván Fischer como um dos mais exitosos regentes orquestrais do mundo.

Como convidado, ele vem atuando com as melhores orquestras do planeta. A Filarmônica de Berlim tocou mais de dez vezes sob sua batuta, e ele passa duas semanas por ano com a Orquestra Real do Concertgebouw de Amsterdã. É também frequente convidado de orquestras de ponta dos EUA, incluindo a de Cleveland e a Filarmônica de Nova York.

Iván Fischer estudou piano, violino, violoncelo e composição em Budapeste, antes de prosseguir sua formação em Viena, onde foi aluno de regência de Hans Swarowsky. Além de uma série de honrarias em seu país natal, foi condecorado Chevalier des Arts et des Lettres pelo governo francês, e membro honorário da Royal Academy of Music, em Londres.

Os solistas

A carreira da soprano sueca Miah Persson vem obtendo especial destaque desde sua estreia, em 2003, no Festival de Salzburgo, com a Filarmônica de Viena, regida por Pierre Boulez. Ela vem atuando em casas como a Ópera de Paris, Ópera Estatal de Viena, Metropolitan de Nova York, Festival de Aix-en-Provence, Ópera de Berlim, Théâtre de la Monnaie (Bruxelas), Théâtre des Champs-Elysées (Paris) e Liceu de Barcelona, dentre muitos outros.

Miah trabalhou com numerosos regentes, incluindo Bernard Haitink, Rene Jacobs, Sir Colin Davis, Vladamir Ashkenazy, Daniel Barenboim, Ivor Bolton, Antonio Pappano, Esa-Pekka Salonen, Iván Fischer, Sir John Eliot Gardiner, Nikolaus Harnoncourt, Philippe Herreweghe, René Jacobs, Sir Charles Mackerras, Gustavo Dudamel, Mariss Jansons, Vladimir Jurowski, Daniel Harding, Marc Minkowski e Yannick Nézet-Séguin.

Na temporada 2014/15, seus principais compromissos incluem Pamina, na Flauta Mágica, de Mozart, em seu retorno ao Metropolitan de Nova York, o papel-título em L’Incoronazione di Poppea, de Monteverdi, no Scala de Milão, Fiordiligi em Così fan tutte, de Mozart, em Estocolmo, e o retorno ao Liceu de Barcelona como Donna Elvira, em Don Giovanni.

Persson vai cantar as “Quatro Últimas Canções”, de Strauss, com a Sinfônica de Montreal, o “Réquiem”, de Brahms, com a Filarmônica de Londres, e árias de Mozart com a Filarmônica de Los Angeles, além de fazer seu regresso ao Wigmore Hall, em Londres.

O pianista georgiano Alexander Toradze é reconhecido universalmente como um virtuose magistral, na grande tradição romântica. Ele enriqueceu a grande herança pianística russa com suas concepções interpretativas heterodoxas, profundo lirismo poético e intenso envolvimento emocional. Sua gravação dos cinco concertos para piano de Prokofiev com Valery Gergiev e a Orquestra do Kirov para o selo Philips é tida pelos críticos como definitiva.

Nascido em Tbilissi, na Geórgia, Alexander Toradze se formou no Conservatório Tchaikovski, em Moscou, onde posteriormente lecionou. Em 1983, mudou-se permanentemente para os EUA e, em 1991, tornou-se professor de piano da Universidade de Indiana, onde criou um ambiente educacional sem paralelos em seu conceito único. Os membros do multinacional Toradze Piano Studio se tornaram um grupo que viaja pelo mundo executando projetos que detalham as obras para piano e de câmera de Rachmaninov, Prokofiev, Dvorák, Stravinsky e Shostakovich na Europa e nos EUA.

PROGRAMA

29 de junho, segunda-feira, 21h – Série Branca

Bartók – Esboços húngaros
Strauss – Quatro Últimas Canções
Mahler – Sinfonia n. 4

30 de junho, terça-feira, 21h – Série Azul

Prokofiev -Abertura sobre temas hebraicos
Ravel – Pavane pour une infante défunte
Prokofiev – Concerto para piano n. 1
Ravel – Concerto para piano em sol maior
Brahms – Sinfonia n. 4

Momento Musical com Irineu Franco Perpetuo

Todos os concertos da Temporada 2015 são precedidos de palestra do jornalista e crítico de música Irineu Franco Perpetuo, que comenta sobre os compositores, obras e intérpretes da noite.

FICHA TÉCNICA

Quando: 29 e 30 de junho de 2015, 21h

Local: Sala São Paulo – Praça Júlio Prestes, nº 16

Venda de ingressos:

Ingresso Rápido – www.ingressorapido.com.br e 4003-1212.

Bilheteria da Sala São Paulo (sem taxa de conveniência).

Horário de Funcionamento:
Segunda a sexta: das 10h às 18h, ou até o início do concerto.
Sábado: quando houver apresentação, das 10h às 16h30 ou até o início do concerto.
Domingo e feriado: quando houver apresentação, desde duas horas antes do concerto.

Cultura Artística: venda exclusiva para ASSINANTES e AMIGOS.

Preço:De R$50,00 a R$500,00. Desconto de 50% para maiores de 60 anos, aposentados, estudantes, professores da rede pública de SP.Ingressos promocionais 30 minutos antes do concerto: R$20,00 inteira / R$10,00 meia-entrada.

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