Diva Marília Pêra recebe troféu Oscarito nesta terça
A noite desta terça-feira, 11, será especial em Gramado, que celebrará a exitosa carreira da atriz Marília Pêra com a entrega do troféu Oscarito neste 43º Festival de Cinema. “Eu adoro Gramado! Volto ao Festival com muita alegria, e a minha expectativa é que tudo seja muito lindo”, revela.
A relação da diva com as artes vem de berço: seus pais Dinorah Marzullo Pêra e Manoel Pêra também eram atores. Aos quatro anos, pisou pela primeira vez em um palco com a tragédia grega “Medeia”.
Do teatro, onde brilhou em espetáculos marcantes como a clássica montagem de “My Fair Lady”, com Bibi Ferreira e Paulo Autran, foi para a TV e, em 1965, fez sua primeira aparição em “Rosinha do Sobrado”, na rede Globo.
Rosinha também é curiosamente o nome de seu primeiro papel no cinema, que veio logo dois anos depois da estreia na telinha, em “O Homem Que Comprou o Mundo”, dirigida pelo saudoso mestre Eduardo Coutinho.
Desde então, foram nada menos do que 23 filmes sob a tutela de nomes como Cacá Diegues, Domingos Oliveira, Hector Babenco e Walter Salles.
25 anos do troféu Oscarito
A homenagem a Marília Pêra marca também uma importante efeméride em Gramado, já que a diva recebe o Troféu Oscarito no ano em que o prêmio completa 25 anos de existência.
Marília Pêra tem uma relação histórica com a cidade serrana: ao longo de sua festejada trajetória como atriz, Marília Pêra já levou para casa dois Kikitos: um em 1983, por “Bar Esperança – O Último Que Fecha”, e outro em 1987, por “Anjos da Noite”.
“Bar Esperança é um filme que o querido Hugo Carvana dirigiu com muita soltura e improviso. Nós podíamos brincar como quiséssemos e ele ajustava depois”, recorda.
Já em relação a “Anjos da Noite” a palavra de ordem durante as gravações foi dedicação. “Tive um papel relativamente pequeno, mas a experiência foi dificílima, já que filmávamos apenas a noite e era sempre frio. A produção também envolvia maquiagem, coreografias, vestidos costurados diretamente no corpo. Foi um desafio!”, observa.