Chef Marco Soares fala sobre sua paixão pela gastronomia, participação em festivais, alimentos orgânicos e planos para o futuro

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Desde criança o chef Marco Soares era o cozinheiro da casa. Influenciado por sua mãe, que sempre foi apaixonada pelas panelas e pela avó, que era cozinheira em um restaurante espanhol, Soares sempre teve o desejo de trabalhar e viver entre ingredientes, temperos, cheiros e sabores. “Minhas primeiras lembranças são de quando eu chorava para ficar na cozinha, isso com seis anos de idade. Aos 15, quando tinha que decidir o que queria fazer da minha vida, só pensava em ser cozinheiro”, lembra.

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Frango ensopado com polenta, quiabo e frango ao molho pardo preparado pela avó. Esses são alguns dos pratos favoritos do chef. “Gosto também de arroz com linguiça e moela e na França adorava comer tudo que era carne de caça”. Na hora de cozinhar ele garante: “Gosto de fazer de tudo na cozinha, principalmente para os meus familiares e amigos”.

Sobre o que mais aprecia na culinária goiana, Soares é enfático. “A farta presença de ingredientes nativos do Cerrado é o que acho mais marcante. Só aqui você terá a chance de provar, por exemplo, mil e uma receitas com pequi (típico frutinho amarelo) e guariroba (um palmito amargo). Os sucos e sorvetes também revelam sabores regionais: cajá-manga, murici e araticum são alguns deles”, diz.

Soares conta que um fruto local tem atraído a atenção de chefs de cozinha de todo o Brasil: o baru. Tanto a castanha quanto a polpa do fruto do baruzeiro, árvore comum no Cerrado, são usadas na cozinha goiana. Torrada, a castanha entra no preparo de pães e biscoitos.

Festivais gastronômicos

Em junho desse ano, o chef Marco Soares preparou o almoço Delícias Entre o Rio e o Cerrado, dentro da programação do 10° Festival Gastronômico de Pirenópolis. Soares que participou pela primeira vez do festival, se juntou a outros chefs na elaboração dos pratos. A 10° edição do Festival Gastronômico de Pirenópolis abriu o Circuito Gastronômico Goiás 2015 e reuniu chefs da mais alta gastronomia de Goiás e do Brasil, além de sommeliers de cervejas e vinhos, apresentações culturais, shows musicais e muito mais.

“Eu tenho gostado bastante de participar dos festivais. Acho muito interessante. Mas também acho que precisa haver algumas mudanças, fazer uma nova roupagem, investir nos cozinheiros da região e levar profissionais que tenham algo a dizer, algo para acrescentar para o estado e para profissão. Não somente aparecer”, diz Soares que já se prepara para participar do festival gastronômico da Cidade de Goiás no início de setembro.

Alimentos orgânicos

De acordo com Soares, o alimento orgânico não é somente “sem agrotóxicos” como se veicula normalmente. Além de ser isento de insumos artificiais como os adubos químicos e os agrotóxicos (e isso resulta na isenção de uma infinidade de subprodutos como nitratos, metais pesados, entre outros) ele também deve ser isento de drogas veterinárias, hormônios e antibióticos e de organismos geneticamente modificados. Durante o processamento dos alimentos é proibido o uso das radiações ionizantes (que produzem substâncias cancerígenas, como o benzeno e formaldeído) e aditivos químicos sintéticos como corantes, aromatizantes, emulsificantes, entre outros.

“Aqui em Goiás venho fazendo um trabalho muito interessante com alguns agricultores e não tenho muita dificuldade em encontrar os ingredientes. Eu acho que nós cozinheiros precisamos ajudar esse movimento. Tem vários chefs em Goiânia trabalhando para que isso de certo como o Chef André Barros que da palestras sobre o assunto”, diz.

Trabalho em equipe

Para quem tem o sonho de se tornar um chef de cozinha, Soares diz que sua principal dica é o trabalho em equipe. “Na cozinha trabalhar em equipe é saber ser parte de um todo. É como ser uma parte fundamental de um corpo, mas sabendo que sem corpo esta parte de nada serve. Ter a capacidade de trabalhar bem em equipe, mostra humildade, tolerância, inteligência emocional e companheirismo. Nunca fui chef, sempre fui cozinheiro. Quem convive comigo sabe que não gosto da palavra chef. Sou cozinheiro. O chef é um chefe, e eu nunca me achei chefe de ninguém. Apenas um cozinheiro com mais experiência”.

Cheio de planos para os próximos meses, Soares embarca nos próximos dias para estagiar em um famoso restaurante na Europa. Após alguns dias de descanso ele mergulha em um novo desafio gastronômico na capital. “Fui convidado para trabalhar em um dos mais conhecidos restaurantes e buffets de Goiânia. Vai ser um desafio muito bom. Que espero estar à altura”, diz o chef que ainda faz mistério sobre o nome do estabelecimento.

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