Equipe de Salto do Brasil fica em quarto lugar em Toronto 2015
Pela primeira vez desde Indianápolis 1987, a equipe de salto do Brasil ficou fora do pódio numa edição de Jogos Pan-americanos. Na tarde desta quinta-feira, 23 de julho, Eduardo Menezes (com Quintol), Felipe Amaral (com Premiere Carthoes BZ), Marlon Zanotelli (com Rock’n Roll Semilly) e Pedro Veniss (com Quabri de Lisle) terminaram a competição em quarto lugar, com 14 pontos perdidos em penalidades, atrás de Estados Unidos (12), Argentina (8) e o campeão Canadá (7).
Reprodução www.cob.org.br
Como a disputa por equipes qualifica para a final individual, que acontecerá no sábado, dia 25, os quatro cavaleiros se classificaram – sendo que Eduardo, que zerou o percurso nas duas voltas, se qualificou em primeiro lugar, com apenas um ponto perdido, por tempo. No entanto, só três de cada país podem participar, e o técnico Jean-Maurice Bonneau decidirá quais serão os representantes brasileiros.
“A gente veio preparado, os cavalos estavam bem. Mas foi minha estreia, do Marlon e do Eduardo em Pans, e não foi o que a gente queria. A expectativa era maior”, comentou Felipe.
Reserva na equipe, que privilegiou novos rostos, o medalhista de ouro olímpico Rodrigo Pessoa acompanhou as provas com enorme tensão e não escondeu uma certa decepção.
“A gente tinha equipe para medalha. Não sei se a gente montou um pouco relaxado, por já ter a vaga olímpica assegurada. Que sirva de lição, a gente tem que montar com muito mais fome. Mas isso aqui foi um bom laboratório para nós testarmos novos conjuntos. O do Eduardo executou um ótimo trabalho. Os outros são bons, mas tiveram falhas na execução. Agora a gente precisa traçar um plano até 2016, porque nós teremos que ser mais precisos”, avaliou.
Para o presidente da Confederação Brasileira de Hipismo, Luiz Roberto Giugni, foi um resultado normal dentro de um planejamento que tem dois objetivos: os Jogos Olímpicos Rio 2016 e o crescimento da modalidade no Brasil.
“A gente vai aprendendo com a vida. É fácil dizer: ‘Vamos levar o Rodrigo e o Doda’. Mas um time de vôlei, por exemplo, não é feito só dos seus seis titulares, se não tiver bons reservas não vai a lugar nenhum. A gente precisava disso, de uma equipe mesmo. Viemos para o Pan com um time novo, do futuro. Isso faz parte do planejamento, e todo planejamento tem um custo. Quantas pessoas já ouviram falar do Eduardo Menezes? Quase ninguém, e ele fez essa classificatória excelente. O Marlon competiu com um cavalo novo, o Felipe também não é conhecido. Estamos também com um bom trabalho de base. Temos um apoio fantástico do Comitê Olímpico do Brasil para esse crescimento”, afirmou Giugni.