Banda alemã que mistura reggae, dub, ska, cumbia e beats eletrônicos faz turnê pelo Brasil e América do Sul

Reflexo do mundo globalizado numa Alemanha multicultural, a Raggabund é uma banda que carrega boas surpresas sonoras. A mistura inteligente de ritmos quentes como reggae, dub, ska, cumbia, salsa, hip hop, raggamuffin e batidas eletrônicas servem de base para letras em alemão, espanhol e inglês, que cantam sobre amor, sobre o cotidiano em Munique e Berlim e também sobre injustiça social e intolerância. A turnê pela América do Sul começa dia 19 de setembro em São Paulo, em show gratuito no Centro Cultural São Paulo, dentro do Mês da Cultura Independente.
Formada em Munique há mais de 15 anos pelos irmãos Paco Mendoza e Don Caramelo, a Raggabund traz na bagagem o recém lançado Buena Medicina (2015, Irievibration Records). Este terceiro álbum de estúdio é o mais latino da carreira e a língua espanhola está presente em muitas faixas. A música que abre o disco, “Quiero Bailar” é um reggae viajante que emana boas vibrações. Em seguida, “So Nicht Geht”, anuncia a parceria com os The Dubby Conquerors (a cozinha da Raggabund) enquanto aborda temas de política e polícia. “Rock n’ Roll Girl” é um ska cantado em inglês. “Im Gestern” flerta com o dub e mostra o arsenal de batidas eletrônicas futuristas que a Raggabund insere em suas influências jamaicanas e latinas. A faixa-título, “Buena Medicina” é um reggae colorido que conta com a participação da cantora portuguesa Maria Rui. Atenção para “Nazimann”, uma balada pop de retórica social, onde Paco anuncia: “a população está globalizada”. A faixa “Chilling” é um convite à dança com um mix de cumbia com ragga; e por aí vai…
O disco anterior, Mehr Sound (2012, Chusma Records) também estará presente no repertório, com os hits “Beautiful Day” e com as batidas ultra dançantes de “Im Radio 2.0” e “Mama Sexy”. Vale lembrar que a Raggabund é uma ótima beatmaker e que a música eletrônica é ponto alto na Alemanha.
Paco e Caramelo estão ansiosos para a gira de 13 shows pela América do Sul e prometem fazer um diário de bordo neste link. “Nossa mãe é peruana e nosso pai é paraguaio de origem alemã. Passamos os primeiros anos de nossas vidas no Brasil, na Argentina, na Nicarágua e em Honduras. E depois de mudarmos para Munique, viajamos sempre para o Peru e para o Paraguai para visitar parentes. Por isso a gente se sente em casa na América Latina”, diz Paco.
A realização do evento é do Goethe-Institut e do Projeto “Escolas: uma parceria para o futuro”, em parceria com o Centro Cultural São Paulo, a Secretaria de Cultura e a Prefeitura de São Paulo.
SERVIÇO
19 de setembro de 2015 | 19h
Centro Cultural São Paulo | Sala Adoniran Barbosa | Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso
Gratuito
Tel. 11 3296 7000