“Devo tudo ao cinema brasileiro”, diz Dira Paes ao receber o Oscarito

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“Estou aqui, madrecita!”, gritou Dira Paes, a plenos pulmões, na plateia do Palácio dos Festivais. O aceno entusiasmado era para a atriz gaúcha Araci Esteves, que, novamente dando vida à protagonista do longa “Anahy de las Misiones”, procurava Luna, sua filha interpretada por Dira no filme gaúcho de Sérgio Silva. Convocada pela Anahy de Araci, a homenageada do troféu Oscarito subiu ao palco com as emoções à flor da pele. “Vocês querem me matar de emoção!”, disse Dira, ainda pedindo palmas para Aracy, “a maior atriz gaúcha de todos os tempos”.

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Homenageada por sua trajetória de 33 anos de contribuição ao cinema brasileiro, a paraense, já amplamente premiada na Serra Gaúcha com Kikitos pelo longa “Noite de São João” e pelo curta “Ribeirinhos do Asfalto”, viveu ontem a sua honraria máxima no Festival de Cinema de Gramado até aqui. Mesmo depois de tanto tempo à frente das câmeras, a ficha de agora ocupar a posição de homenageada ainda precisa cair. “Muitas vezes eu estive na plateia desse festival aplaudindo pessoas que me inspiram, e agora passa todo um filme pela minha cabeça. A sensação é de extrema honra e de estar cada vez mais responsável por esse prêmio”, contou.

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Considerada um “tesouro nacional” segundo o curador Rubens Ewald Filho, Dira estava em Gramado quando Grande Otelo ganhou o primeiro troféu Oscarito. Lá se vão mais de 25 anos dessa memória, mas o tempo não traz qualquer tipo de peso para ela. “É justamente o tempo que nos dá o que a gente precisa. Só o tempo diz o que é importante e fundamental para nossa existência. E Gramado, com seus 45 anos, nos mostra o quanto o tempo faz bem e como é bom ter memória”, defendeu. Muito desse tempo, foi compartilhado com o público e o cinema gaúcho, em produções como as já citadas “Anahy de Las Misiones” e “Noite de São João”, além de outros trabalhos realizados com, por exemplo, o cinesta Jorge Furtado em “Meu Tio Matou Um Cara”.

Dira também aproveitou o momento não apenas para prestar homenagem ao cinema brasileiro, que diz ter se tornado quase uma obsessão em sua vida tamanha a paixão, mas também para se juntar aos cineastas que, em Gramado, se mobilizaram para defender a renovação da Lei do Audiovisual. “Peço, em nome da classe do audiovisual brasileiro que tanto o ministro da Cultura quanto o presidente da República possam pensar em discutir políticas com os profissionais do audiovisual. Nós sabemos o que é bom para o cinema brasileiro!”

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