TEATRO – ‘Frida Y Diego’ no Teatro Fashion Mall, no Rio de Janeiro
O espetáculo “Frida Y Diego”, em cartaz no Teatro Fashion Mall, em São Conrado (RJ), retrata a complexa e intensa relação dos fascinantes artistas mexicanos Frida Kahlo e Diego Rivera e o legado que deixaram na história da arte. A peça conta com direção de Eduardo Figueiredo, além da atriz Leona Cavalli interpretando Frida Kahlo e José Rubens Chachá como Diego Rivera.
Com “Frida y Diego”, a dramaturga Maria Adelaide Amaral quebra o jejum de uma década sem um texto inédito para o teatro. O último texto da autora encenado nos palcos foi “Chanel” com Marília Pera. Depois desta criação autoral, a dramaturga também chegou a assinar a adaptação para os palcos do livro “As Meninas”, de Lygia Fagundes Telles.
Com a atriz Leona Cavalli interpretando Frida Kahlo e José Rubens Chachá como Diego Rivera, o espetáculo narra o reencontro dos artistas depois de uma traumática separação. A trama narra uma fase conturbada da vida de Frida, quando já bastante doente e com muitas dores, voltou a morar com Diego, em casas vizinhas ligadas por um corredor.
Frida Kahlo e Diego Rivera viveram um grande e conturbado amor, ao mesmo tempo em que influenciavam, com sua arte latina, o mundo das artes plásticas europeu e americano na animada e confusa década de 30. A peça, recheada de conflitos, poesia, nostalgia e humor, tem Iluminação assinada por Guilherme Bonfanti, cenário, figurino e adereços por Márcio Vinícius e direção musical de Guga Stroeter.
Sobre a história
Frida Kahlo foi uma artista única. Para muitos é considerada a pintora do século. Em 1913, com seis anos, contraiu poliomielite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo dos anos. Apesar de seu pouco tempo de vida, deixou obras magníficas e intrigantes que influenciam o mundo das artes até hoje. Sua trajetória também é tida como uma obra instigante e com grande poder de chamar atenção.
Desde criança Diego Rivera quis ser pintor e todos percebiam ter talento para isso. Ao ficar adulto, após estudar pintura na adolescência, participou da Academia de San Pedro Alvez, na Cidade do México, partindo para a Europa, beneficiado por uma bolsa de estudos, onde ficou de 1907 até 1921. Esta experiência enriqueceu-o muito em termos artísticos, pois teve contato com vários artistas da época, como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Juan Miró e o arquiteto catalão Antoni Gaudí, que influenciaram a sua obra. Nesta época, começou a trabalhar num ateliê em Madri, na Espanha. Acreditava que somente o mural poderia redimir artisticamente um povo que esquecera a grandeza de sua civilização pré-colombiana durante séculos de opressão.
Frida e Diego se casaram em 1929. Ela com 22 anos e ele com 43, era o terceiro casamento de Diego. Viveram uma relação muito conturbada, tanto pelos casos extraconjugais de ambos quanto por suas personalidades fortes e convicções artísticas e políticas. Rivera aceitava abertamente os relacionamentos de Kahlo com mulheres, mesmo ela sendo casada, mas não aceitava os casos da esposa com homens. O casamento era cheio de brigas e confusões, também pelo fato de Rivera querer filhos e Frida, que enfrentava problemas de saúde desde muito jovem devido a um sério acidente sofrido na adolescência, não conseguir engravidar. Durante o relacionamento dos dois, Frida sofreu muitos abortos, inclusive.
O ápice da separação aconteceu quando Rivera envolveu-se com sua cunhada, Cristina, e tornou-se amante dela. Ficaram muitos anos juntos e tiveram seis filhos. Frida apanhou-os na cama, tendo um ataque histérico e cortando os próprios cabelos. Como vingança, o atormentou, passando a persegui-lo e odiar a irmã. Muito abalado com tudo, Diego abandonou os filhos e Cristina, que foi embora. Depois acabou indo atrás de Frida, mas não teve sucesso na reconquista e passaram a ser inimigos. Rivera continuou com sua vida de antes, muitas bebidas e amantes, inclusive saía com prostitutas, mas sempre pensando em Frida. Após um período separados, Frida e Rivera se reconciliaram. Os dois moraram em casas vizinhas conectadas por um corredor até a morte de Frida em 1954, aos 47 anos. A Casa Azul, como ficou conhecida, abriga hoje o Museu Frida Kahlo, na Cidade do México, e conserva tudo como os dois deixaram. Lá é possível encontrar cartas de amor trocadas pelo casal e diversos objetos do cotidiano dos dois.
Serviço
Frida Y Diego, de Maria Adelaide Amaral
TEATRO FASHION MALL – Estrada da Gávea, 899, sala 213 – São Conrado – Rio de Janeiro – RJ Tel: (21) 2422-9800
Temporada: até 28 de junho de 2015
Sextas e sábados: às 21h30/ Domingos: às 20h
Ingressos: R$ 80,00 (sextas-feiras), R$ 100,00 (sábados), R$ 90,00 (domingos)
Direção: Eduardo Figueiredo
Elenco: Leona Cavalli e José Rubens Chachá
Duração: 90minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Lotação: 453 pessoas
Vendas: www.ingresso.com