Poesia em movimento chega à Bienal do Livro

Há cinco anos, quando o casal Gledson Vinícius e Gabriella Santoro encontrou na moda um meio de viver de poesia, não tinham dimensão do pioneirismo da ideia e da revolução que estava por acontecer. Nascida no Rio de Janeiro, a Poeme-se, primeira empresa verso do país – termo cunhado por seus fundadores – cresceu e, hoje, viraliza o amor pela literatura em cada nova coleção. Com mais de 90 poetas representados e vários eventos literários na bagagem, a marca de camisetas literárias finalmente chega no maior evento literário do país: a Bienal do Livro. É a primeira vez que o evento recebe uma marca de moda.
“É um sonho que se realiza. Estar na Bienal é fundamental para nos tornarmos, de fato, uma referência no que fazemos. Almejamos nesse evento, continuar gerar experiências poéticas capazes de dar dimensão da vitalidade da literatura. Queremos mostrar que a cultura dos livros é muito mais profunda e está para além de seu suporte clássico. Nascemos para mostrar que ‘literatura é um estilo de vida’ e fazemos isso através de novos suportes, novos produtos literários. Alguns desenvolvidos especialmente para esse evento. Além disso, daremos visibilidade aos nossos projetos mais exitosos, como, por exemplo, o ‘Poesia 2.0’, que visa encontrar poetas contemporâneos para fazer parte do seleto acervo de estampas da Poeme-se”, explica Gledson Vinicius.
Para a XVII Bienal Internacional do Livro, a empresa promete trazer suas famosas pílulas de poesia, além de reprints de camisetas de sucesso, como “Fernando Pessoa”, “Seleção de Poetas”, “Florbela”, “Victor Hugo”, “Camões”, “Noel Rosa”, “Frida”, “Casimiro”, “Neruda”, “Saramago” e “Olavo Bilac”. Três sucessos de 2015 também estarão presentes nas araras: “Pequeno Príncipe”, “Selfie poética” e “Borges”.
A grande surpresa, lançada com exclusividade para a Bienal, é a estampa inspirada em Bukowski. “Nessa nova camiseta literária, falaremos de amor através do ponto de vista dele”, revela Leonardo Borba, diretor comercial da marca. A estampa promete causar polêmica com uma leitura bem visceral do trabalho do poeta alemão, radicado nos Estados Unidos. “Também teremos uma grande coleção de bolsas literárias, pedras poéticas (produtos handmand e exclusivos), cadernetas literárias e porta copos poéticos”.
Segundo Gledson Vinícius, a Poeme-se é uma plataforma que existe para mostrar que a popularização da poesia é um caminho viável e que, sem dúvida, necessitamos de todos os suportes possíveis para dar a devida dimensão à literatura.
A Bienal acontece entre os dias 3 e 13 de setembro no Riocentro. A Poeme-se estará no Pavilhão 4 – verde.