Conheça os concorrentes do 43º Festival de Cinema de Gramado
O Festival de Cinema de Gramado chega à sua 43ª edição ininterrupta como o mais resistente evento cinematográfico do país. Ao longo de mais de quatro décadas, reflete a história do nosso cinema e testemunha a história cultural do Brasil. Desde o primeiro Kikito, feito ainda em de madeira e entregue em 1973, o Festival se reinventou e resistiu. É dando continuidade a este clima de confiança que Gramado realiza mais uma edição do evento, que acontece de 07 a 15 de agosto de 2015.
Estrangeiro_ Ochentaisiete. Foto: divulgação
Para João Pedro Till, presidente da Gramadotur, a autarquia municipal realizadora do Festival, estamos todos vivendo um momento difícil do ponto de vista de captação. “Realizadores culturais, como nós da Gramadotur, e as empresas desse país precisam achar um ponto de equilíbrio. As realizadoras sendo criativas ao adaptar seus eventos sem perder qualidade e foco e as empresas ao elegerem os projetos que apoiam com sensibilidade e responsabilidade. Por outro lado, a produção cultural audiovisual do Brasil e da América Latina nos desafia. Só do Rio Grande do Sul tivemos 13 longas inscritos. Temos a obrigação de realizar um Festival à altura. Não podemos recuar”, indica Till.
O FESTIVAL
A edição 2015 segue o mesmo formato dos últimos anos com mostras competitivas de longas brasileiros e estrangeiros, curtas brasileiros e o Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas (dias 7 e 8). A grande noite de premiação acontece no dia 15 agosto.
Além das mostras competitivas, uma noite de pré-estreia com apresentação de projetos do programa gramadense Educavídeo e uma programação exclusiva com mostras paralelas, cinema nos bairros, cinema nas escolas, debates, encontros, lançamentos de livros e outras atividades tomam conta do evento.
A entrada no Palácio dos Festivais se mantem com valor acessível: 30 reais (com 50% de desconto para estudantes e pessoas acima de 60 anos) nas noites de exibição e 100 reais para a premiação (valor único).
CURADORES E COMISSÕES DE SELEÇÃO
A curadoria segue com a argentina Eva Piwowarski e os brasileiros Marcos Santuario e Rubens Ewald Filho. Para essa seleção foram vistos 124 filmes brasileiros e 67 estrangeiros. O resultado desta curadoria se reflete em duas mostras competitivas que apresentam 15 longas-metragens, sendo oito brasileiros e sete estrangeiros. Entre os curtas brasileiros, 15 títulos disputam o Kikito. Para o Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas, 14 curtas foram selecionados.
Já sob a coordenação da jornalista e crítica Ivonete Pinto, a comissão de curtas brasileiros foi formada por: Andrea Gloria, produtora; Leonardo Garcia, roteirista; Marcos Petrucelli, jornalista e crítico; Rodrigo Grota, diretor; e Sandra Dani, atriz. E avaliando a última safra da produção gaúcha de curtas-metragens, a comissão de seleção da categoria teve a coordenação do crítico e pesquisador Leonardo Bomfim. Integraram a comissão: Fatimarlei Lunardelli, jornalista e crítica; Gilka Vargas, diretora de arte e pesquisadora; Gustavo Machado, jornalista; e Pedro Guindani, diretor e roteirista.
LONGAS BRASILEIROS
– “Ausência”, de Chico Teixeira (SP)
– “Introdução à Música do Sangue”, de Luiz Carlos Lacerda (RJ)
– “O Fim e os Meios”, de Murilo Salles (RJ)
– “O Outro Lado do Paraíso”, de André Ristum (DF)
– “O Último Cine Drive-In”, de Iberê Carvalho (DF)
– “Ponto Zero”, de José Pedro Goulart (RS)
– “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert (SP)
– “Um Homem Só”, de Cláudia Jouvin (RJ)
LONGAS ESTRANGEIROS
– “Ella”, de Libia Stella Gómez (Colômbia)
– “En La Estancia”, de Carlos Armella (México)
– “La Salada”, de Juan Martin Hsu (Argentina)
– “Ochentaisiete”, de Anahi Hoeneisen e Daniel Andrade (Equador)
– “Presos”, de Esteban Ramírez Jímenez (Costa Rica)
– “Venecia”, de Kiki Alvarez (Cuba)
– “Zanahoria”, de Enrique Buchichio (Uruguai)
CURTAS BRASILEIROS
– “Bá”, de Leandro Tadashi (SP)
– “Como São Cruéis os Pássaros da Alvorada”, de João Toledo (MG)
– “Dá Licença de Contar”, de Pedro Serrano (SP)
– “Enquanto o Sangue Coloria a Noite, Eu Olhava as Estrelas”, de Felipe Arrojo Poroger (SP)
– “Haram”, de Max Gaggino (BA)
– “Heroi”, de Pedro Figueiredo (SP)
– “Macapá”, de Marcos Ponts (MA)
– “Miss & Grubs”, de Camila Kamimura e Jonas Brandão (SP)
– “Muro”, de Eliane Scardovelli (SP)
– “O Corpo”, de Lucas Cassales (RS)
– “O Teto Sobre Nós”, de Bruno Carboni (RS)
– “Quando Parei de Me Preocupar Com Canalhas”, de Tiago Vieira (SP/GO)
– “S2”, de Bruno Bini (MT)
– “Sêo Inácio (ou O Cinema Imaginário)”, de Helio Ronyvon (RN)
– “Virgindade”, de Chico Lacerda (PE)
LONGAS GAÚCHOS
Em um ano expressivo para o cinema gaúcho (13 títulos foram inscritos para a mostra competitiva de longas brasileiros), seis produções serão exibidas fora de competição na Mostra Gaúcha de Longas, que acontece com sessões à tarde no Palácio dos Festivais.
Os filmes que participam da programação são: “Edmundo”, de Luiz Alberto Cassol; “Errante – Um Filme de Encontros”, de Gustavo Spolidoro; “Filme Sobre Um Bom Fim”, de Boca Migotto; “Nós Duas Descendo a Escada”, de Fabiano de Souza; “Sobre Amanhã”, de Diego de Godoy e Rodrigo Pesavento; e “Tormenta”, de Lucas Costanzi.
AVANT PREMIÈRE GRAMADO – PROJETO EDUCAVÍDEO
Na noite que antecede a abertura oficial do evento (06/08), o tapete vermelho recebe os alunos do projeto Educavídeo e a comunidade de Gramado. Toda a infraestrutura do Festival já estará aberta a esta iniciativa bem-sucedida que teve início em 2014, do tapete vermelho ao Palácio dos Festivais. O Educavídeo consiste em ações educativas nas escolas da rede pública que visam fazer da linguagem audiovisual um instrumento da educação.